Índice de Endividamento e Como Calculá-lo

Um dos Índices que utilizamos na análise da saúde financeira, seja de uma empresa ou de uma pessoa, é o Índice de Endividamento.

Neste artigo trataremos do Índice na utilização para uma Pessoa Física, já que para uma Empresa as informações são um pouco diferentes.

O cálculo do Índice geralmente vem com a confecção de um Orçamento familiar ou Fluxo de Caixa; ambos instrumentos que trabalham na projeção de entradas e saídas de dinheiro da conta.

No caso do Orçamento, utiliza-se com uma visão mais de longo prazo – 1 ano, enquanto o Fluxo de Caixa pode ser acompanhado no curto prazo, pois os seus dados são diários.

ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO

1) CALCULA-SE A RENDA MENSAL

(i) Pegamos o salário líquido e acrescentamos o 13º proporcional (multiplica-se o salário por 13 e divide-se por 12).

(ii) Somamos as demais rendas líquidas e certas. Por exemplo aluguéis mensais.

Mas por que renda certa, teoricamente garantida? Porque precisam ser rendas recorrentes. Utilizar uma renda de caráter excepcional pode nos induzir ao erro.

2) SOMAM-SE AS DÍVIDAS

Ponha no papel as parcelas de compromissos financeiros que são pagas mensalmente. Utilize o mesmo critério da renda.

Por exemplo: Financiamento de imóvel, carro, Empréstimo Consignado e etc.

Some as parcelas de todas as dívidas.

Obs.: Utilize Somente as dívidas, não despesas gerais como água, luz, telefone e etc porque são saídas de dinheiro com características diferentes.

3) CALCULANDO O ÍNDICE

Divida o total das parcelas da Dívida pela renda líquida e multiplique o resultado por 100.

Esse será o percentual da renda mensal que é consumida somente para o pagamento das dívidas.

Exemplo:

TOTAL DE ENTRADAS = R$ 3.500

Salário + 13º = R$ 3.000

Aluguéis = R$ 500

TOTAL DE SAÍDAS FINANCEIRAS = R$ 750,00

Parcela Financiamento Carro R$ 300,00

Parcela Empréstimo Consignado = R$ 450,00

ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO = 750/3.500 x 100 = 21,42%

** a fórmula é a mesma para calcular seja para Empresas (Pessoa Jurídica) ou Pessoas (Pessoa Física), porém a Interpretação é diferente. No caso vamos interpretar apenas na análise do Índice para Pessoa Física.

INTERPRETAÇÃO

Até 30% ou um terço da renda – Parcela administrável pela maioria da população.

Entre 30% e 35% – Importante trabalhar para reduzir as dívidas, mantendo-as dentro do máximo até 30%;

Entre 35% e 40% – Já configura um “aperto financeiro” e não permite nenhuma perda de receita, o que é perigoso.

É necessário reduzir as dívidas imediatamente, ou corre-se o risco de inadimplência e problemas em caso de emergências;

Acima de 40% – Com quase metade da renda comprometida, fica quase impossível honrar todos os compromissos financeiros e o efeito “bola de neve” dos empréstimos e financiamentos pode transformar a situação em um verdadeiro caos.

CONCLUSÃO

Com este cálculo simples é possível identificar problemas nas finanças e agir imediatamente para não correr o risco de ficar inadimplente.